INFORMAÇÃO SUMÁRIA
                                                
Padroeiro: S.Tiago.
Habitantes: 2.257 habitantes (Censos 2021) 
Eleitores: 2.241 eleitores (21-02-2021)
Sectores laborais: Agricultura, indústria e comércio.
Tradições festivas: Festas em Honra de S. Tiago, Santo António, S. José e Queima do Judas (Domingo de Páscoa).
Valores patrimoniais e aspectos turísticos: Quinta do Paço de Anha, Igreja Matriz,  Capela de S. João, Capela de S. Gonçalo, Capela de Santo António, Capela do Sr. dos Aflitos, Alminhas do Faro d’Anha, Casa do Poeta Viriato  e Praia do Rodanho (Praia Dourada).
Gastronomia: Sarrabulho e Cozido à Portuguesa.
Colectividades: Associação Desportiva e Cultural de Anha, Grupo de Danças e Cantares da Casa do Povo de Vila Nova de Anha, Associação de Caçadores de Vila Nova de Anha, Agrupamento 452 – S. Tiago (Corpo Nacional de Escutas), Filarmónica do Centro Social Paroquial de Vila Nova de Anha e Filarmónica da Associação Musical de Vila Nova de Anha.
 
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
 

Vila Nova de Anha encontra-se situada a sul da cidade de Viana do Castelo, na margem esquerda do Rio Lima de onde se afasta cerca de 4 km. Ocupa uma área de aproximadamente 912 ha, e está abrigada dos ventos Norte pelo Monte do Faro, espraia-se por um fértil vale atravessado pelo Ribeiro de Anha, que desagua no Oceano Atlântico, que a limita a Poente; e, é rodeada a Norte pela Freguesia de Darque; a Nascente, pelas Freguesias de Mazarefes e Vila Fria, e a Sul, pela Freguesia de Chafé. 

 

 

RESENHA HISTÓRICA

 
Vila Nova de Anha, antes apenas Anha, recebe o estatuto de Vila em face do Decreto da Assembleia da República n.º175/III de 9 de Julho de 1985, sendo o decreto promulgado pelo Presidente da República em 08 de Agosto de 1985 e referendado pelo Primeiro Ministro em 14 de Agosto do mesmo ano e enviado para o Diário da República em 13 de Setembro do mesmo ano onde foi publicado em I Série nº.221, de 25 de Setembro de 1985 – Lei n.º63/85 – sob o título – Elevação de Anha a Vila.
Esta freguesia é uma povoação muito antiga, cuja fundação remonta aos tempos da reconquista e aparece nos documentos antigos fazendo parte das Terras de Neiva, integrada no Senhorio da Casa de Bragança desde o século XV. Há porém documentos do final do século IX, que falam desta freguesia, que então se chamava Ânia.
Anha já era paróquia antes da construção do Mosteiro Beneditino de S. Romão do Neiva, cuja primeira igreja é de cerca do ano de 1022.
No livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” pode ler-se na íntegra a respeito da história desta freguesia: «A primeira referência conhecida a Anha encontra-se num documento de 1063, que a situa nos limites do couto de Mazarefes.
Nas Inquirições afonsinas, de 1220 e 1258, é citada sob a designação de Santiago de Anha, localizando-se na Terra de Neiva.
Nas Inquirições efectuadas no reinado de D. Dinis, em 1290, aparece com categoria de freguesia, continuando a pertencer ao julgado de Neiva. Na taxação de 1320, a igreja de Santiago de Anha foi tabelada em 70 libras. No registo da cobrança das “colheitas” dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, efectuado por D. Jorge da Costa, entre os anos de 1489 e 1493, tinha de rendimento 3 onças e 2 réis, em prata, e 15 réis, em dízimas de searas.
O livro dos Benefícios e Comendas, de 1528, faz ainda menção a Santiago de Anha incluída na Terra de Aguiar de Neiva.
Américo Costa descreve-a como abadia, no termo de Barcelos, que passou, mais tarde, a priorado. Diz, também o mesmo autor, que esta freguesia se terá designado primitiva, ente Nossa Senhora das Areias, lugar onde existe ainda uma pequena ermida na margem esquerda do rio Lima e, tendo-se tornado inabitável pela acumulação de areias, mudou-se para o local onde actualmente se encontra.
Segundo o Padre António Carvalho da Costa e o Padre Cardoso, o direito de apresentação desta freguesia pertencia à Casa de Bragança, referindo, contudo, a Estatística Paroquial que era a Sé Patriarcal que apresentava o abade».
O património arquitectónico e cultural edificado, as tradições ainda vivas, e o meio ambiente em que se insere, oferecem a Vila Nova de Anha inúmeras atracções de interesse turístico a serem aproveitadas em benefício do desenvolvimento local.
O Paço d’Anha e sua capela de Sto. António, a Igreja Matriz, as capelas do Senhor dos Aflitos, de S. João e de S. Gonçalo, a praia oceânica do Rodanho, à qual foi atribuída bandeira dourada, a possibilidade de praticar caça e pesca desportiva, dinamizada pela Associação de Caçadores de Vila Nova de Anha e Associação Desportiva e Cultural, as festas da Vila, em honra de S. Tiago, Santo António e S. José, celebradas na última semana de Julho, e a Queima do Judas, realizada na noite de Domingo de Páscoa, constituem pólos que merecem uma atenção especial de uma politica de turismo.
O Paço d’Anha, um velho solar que do ponto de vista arquitectónico apresenta três épocas distintas, e que a tradição nos diz ter-se aqui refugiado D. António Prior do Crato, pretendente ao Trono, na crise de 1580. Está ligado ao Turismo de Habitação e à produção do apetecido vinho verde branco Paço d`Anha, que tantos estrangeiros e portugueses tem atraído a Vila Nova de Anha e se mostram encantados com a beleza da paisagem, a amenidade do clima e a paz e o sossego de que gozam nesta vasta Quinta minhota.
 
( Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias,Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Freguesias Autarcas do Século XXI )

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